terça-feira, 21 de maio de 2019

nihilist poem

o silêncio que me invade
me rende,
e abre espaço ao existencialismo colossal
que se entranha no meu corpo
e se dissipa 
contaminando toda minha fé 
e esperança no amanhã.

terça-feira, 14 de maio de 2019

postergado ato

nos desprendemos e nos entrelaçamos:
do colo da mãe ao peito da amante,
rompemos os laços que criamos
na fantasia do ideal de nós.

a vida nos dá 
como quem vislumbra o horizonte,
e nos tira 
como quem logra em queda livre

seria sádico
ou seria belo?
o agridoce presente na essência da alma
naturalmente se desenvolve...

a vida no final há de ser isso:
uma criança que
brinca sozinha
de gangorra.