quarta-feira, 18 de junho de 2014

O contraponto de uma mente em disturbio

 Eu não me apaixonei por você, eu me apaixonei por quem eu sou quando estou com você. Meio narcisista? É, eu também acho, mas quem pode me culpar? Quem?
Tão seguro de si que até se tornou crente de que a vida poderia ser levada nos planos de um. "Dois? Par? Dividir? Não mesmo, trabalho sozinho." - Egoísta ou orgulhoso? Jovem ou medroso? - Por fora, segurança era o que ele passava, quando na verdade dentro de si existia um turbilhão perpétuo e que ele não deixava explodir nunca! E não deixou, mas uma hora o ciclo acaba e se renova, o que ficou ali implodiu e como células cancerígenas se instalou em diferentes pontos arrancando de si, pouco à pouco a sua vida. - Câncer? Ora, que dramaturgia menino, vai dormir. - Descaso, pouco caso, falam que não existem sequer um caso... E como negar, são mais experientes, entendem da vida... - Tsc tsc... Ou são apenas mal humorados, sem paciência -.
 Coloquei as cartas na mesa e tentei resolver. Sai com o dobro de problemas por ter pensado além da conta, além do que podem fazer, além do que imaginam... Mas se eu imaginei, eles também podiam e isso me torturava profundamente.
 As dores de cabeças eram tantas que eu não aguentei, pedi ajuda. Estou aqui escrevendo do meu quarto inóspito totalmente branco, ao fundo o colchão, ao lado a privada e o chuveiro e mais em cima pelo lado direito a pequena janela que peneirava a luz - Ótimo, eu odiava a luz do dia mesmo. - e a porta com a maçaneta quebrada - eu mesmo quebrei, ninguém batia nessa merda mesmo. -. As dores já não são mais frequentes e eu já me sinto mais normal, preso e prestando a fazer coisas fúteis. - Como escrever em um blog - Por que é mais fácil viver da mentira do que encarar a realidade e ser quem você realmente é.