domingo, 4 de setembro de 2016

Jogos imprudentes

Das mulheres que almejo
Você é a que mais desejo
Posto que não é um objeto
Faço-me discreto

Observo tudo atentamente 
E analiso minuciosamente
"Está demasiadamente sozinha,
Ou estas pedindo para ser minha?" 

No excitante jogo dos sinais
Sucumbimos aos desejos carnais
A melhor hora para ser um pecador
Aquela em que não há espaço para dor.

Incinerei-me ao imaginar
O que você pode afagar
Peço desculpas ao santo padre
Pois já não somos santidades.

Veja bem

Veja bem meu bem
Não mais somos os reféns
Dos amores de outrem
Veja bem;

Veja bem minha paixão
Nós não tocamos mais o chão
Quando entrelaçamos as mãos
Sepultamos a solidão

Veja bem minha pequena
Da alma tão serena
Que não cabe no poema
Veja bem minha pequena

Veja bem minha princesa
Veja isso com clareza
Veja que o amor queima toda a incerteza
Veja tanto que verás certeza.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Petulância

Eu continuo aqui
Ano após ano
De braços abertos para te encontrar
Mas a razão já me consumiu,
Obstruiu.
Construiu
Alguém que não mais crê
Em quem não vê,
Quem se esconde
Acha que é um pique-esconde
Mas é hipócrita
Apareça, rogo-lhe
Mas na sua forma divina
Pois meus sentidos não
São capazes de desvendar
Mistérios

22:41

O que somos nós
Poeira estelar
O que somos nós
Além do verbo amar?

O que nós somos
Além de conexões incompletas
O que nós somos, se não
Pseudo-poetas?

Desate os nós
A curiosidade matou o gato e caça o humano
Desate a nós
E seja livre para o real oceano.

Aprenda a nadar
Num mar que lhe rouba a calma
Aprenda a amar
Alguém que te despe a alma.