sexta-feira, 28 de outubro de 2016

[Dever]ia

O meu cuidado que deveria valorizar
O meu jeito bobo de te mimar
A vontade de te ver feliz ao acordar
O desejo sacana de te beijar

As flores que pego para te entregar
Os elogios constantemente para se animar
O ombro de namorado para chorar
A preocupação com seu bem estar

Se isso acima não faz parte de ser namorado
Sou o pior namorado do mundo
Te peço desculpas por isso
Será...que serei um bom marido ?

 Aqui jaz um sentimento de maldade
Tão pura essa alma, que a criança não vê
Que cada palavra mal escrita, cria uma defasagem
No coração de uma idosa que já não crê

Não perca as esperanças
Alexandre O Grande, já foi uma criança
E como nós, também errou
E como Cristo aos trinta e três, apagou

Viveu muitas aventuras esse homem,
Viveu pouco, mas viveu como quis
E não como a idosa que se proibiu a vida
 Por uma crença que alguém diz

Vejo como errado escutar sobre as escrituras
E criticar sem estudar as criaturas
Precisamos sempre de uma boa palavra
Aqui jaz, uma palavra antecipada





terça-feira, 25 de outubro de 2016

peculiaridades

as vezes minha alma fica inquieta
e quando vejo desperta
tudo aquilo que em vão escondo
meus escombros
o que sobrou do meu castelo
o que foi belo
e encobre toda a ironia
da sua tirania
incinera a pulsação de viver
a vontade de no amor crer
e quando a vida leve suspira
toda dor se retira.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

en[mar]añado

A bússola desse capitão
Que segue ímpio na embarcação
Só aponta para a forte luz
Que apenas teu riso traduz

É de grande chance se perder
Emaranhar-se em outro ser
Mas com a devida vontade
A redenção será verdade

Para todos aqueles que amam
Para todos aqueles que clamam
O mar traz à tona a vida

Com todas as lagrimas sofridas
Para todos aqueles que clamam
Para todos aqueles que amam

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Chaleur

Você é a aurora da minha alma
O crepúsculo que se alaranja em calma
Meu sol, minha lua e minhas estrelas
Minha noite clara como a luz

Manutenção de sentimentos prediletos
Uma imensidão ao mar de afetos
Quando em cada onda quebra amor
E na areia fica interina dor

O abraço da luz afaga a escuridão
E o silencio dos teus olhos são
A minha preferida coisa empatada
Com todas as outras de ti derivadas

O nosso toque atinge a essência
E longe um do outro somos abstinência
Combustão de uma paixão tão apressada
Que em brasas jaz apagada.


domingo, 9 de outubro de 2016

O que implica em ser um poeta

O grito do desesperado em prantos 
Nega a veracidade ecoada pelos cantos
O que se ouve jamais se vê
E se não vê não há o que crer

Cada um, um universo
A poesia, tem seu verso
Cada dois, um só ferido
A poesia, tem sentido

No côncavo da  minh'alma
Reside o amor e a calma
Que se faz presente 
Quando você em minha frente

Miragem, superficial 
Dois lados, bom e o mau
Paixão, uma dança
Que só dança quem já foi criança.

Soneto da insônia

Um universo inesgotável
Fonte insaciável
Que tem sede de vida
E vive de forma sofrida

O conceito de beleza que concebi
É uma das verdades que recebi
Exerço todo sentimento
Sem fobia de arrependimento

Bem aventurados os que verbalizam
Tudo aquilo que dos lábios deslizam
E são felizes

O que hoje ecoa nos seus pensamentos
Qual deus hoje é seu acalento?
Já cortamos as raízes...