sábado, 20 de fevereiro de 2016

Doente de amor

Meu coração tá acelerado 
Pela primeira vez eu não sei o que fazer
Não consigo explicar o que eu sinto
Talvez não tenha como te dizer 

É uma coisa muito estranha
Me chamariam de carente 
Mas por eu nunca ter recebido"amor"
Acredito que fiquei doente

Tento expressar anos de amor que não pude dar
Querer o mesmo de volta é tolice
Mas Cada um ama de um jeito
Muitos outros, de migalhice  

Sinto-me só,
mesmo com companhia 
Sem você do meu lado
Parte de mim está vazia 

Sei que nunca vai ler,
Pois esse poema  eu não vou lhe mostrar 
Só peço que retribua 
O amor que quero lhe dar 


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

viridário




Boa noite Cinderela 
Musa dos poetas
Bem mais Que uma donzela
 até meia noite, andai sem pressas 

Tão bela 
Como um raio de sol no prisma do diamante 
Tão ela
Sempre cheia de vida, sempre tão linda e elegante 

Como um feitiço do amor,
Minha ideia era bem maliciosa 
Não procurando uma dor
Furaste o dedo, numa bela rosa 

E conto mais 
Sem me arriscar? Jamais! 
Por algumas  rosas,
Suportamos a dor
                   [...por algo a mais  

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Lobotomia

Perdi meu chão, e já não tenho mais o céu.
Me sinto flutuando no espaço
Preso como um réu
Nas grades revestidas de aço
Hoje me refaço
E não olho para trás
Me liberto
Voo ao céu aberto
Sem limites sigo são
Ao descobrir que minha mente
Já não é mais minha prisão.

Tem gente

Tem gente que vem
E também gente que vai
Tem gente que foi mais além
E de nossa vida não sai.

Tem gente que se importa
E também quem não liga
E nenhum suporta
A dor da partida.

Tem gente que sente demais
E também os que faltam sentir
Talvez quem sinta mais
Viva assim para suprir.

Tem gente que é como a gente
E sente o mesmo tanto que a gente
Se importa e também liga
Mas não é gente que me faça contente.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Momentum

 Inspire, segure sua respiração por 3 segundos e respire de forma padrão agora. À partir dai estamos prontos para começar.
 Quantas vezes você se viu sem as suas máscaras? Aquelas que você poem quando sai do quarto quando acorda e só tira quando está cansado, ao fim do dia, exausto do seu trabalho físico ou mental. Quantas das vezes que você se viu, percebeu que não era quem realmente queria e mesmo assim levou a vida como se pega um folheto aleatório na rua do calçadão? Quem é você quando está sozinho? Quando ninguém vê?
 Sou poeira estelar para uns, sou a pessoa perfeita para outros, sou o amigo que fala a verdade para uns, sou carne e osso para outros, sou hormônios e processos químicos para uns, sou desconhecido para outros. Todos são limitantes de tal forma que são adjetivos. Quando pergunto quem é você, não peço um adjetivo, eu me referia a sua pessoa, quem ela realmente é quando não se há mãos que te moldem e quando se é livre o suficiente para não ter o recalque*.
 Ao fim do indagamento, lhe sugiro outro, o que é a vida? Se me responder de forma serena, cultuado será de forma monoteísta, não obstante aviso que tenho espirito nietzschiano e costumo caçar deuses falsos.
 Quem sofre com a angustia de ter escolhido pensar em um mundo laico, que não espera céu, e de bônus não queimará em qualquer lugar que seja, também é perturbado pela sensação de liberdade, pois não há mão que julgue seus atos além de você e talvez eu tenha revelado alguns segredos mediáveis aqui:
 Foi imposta a existência de um deus para que fosse respondidas nossas perguntas e anseios quanto a o que vem após a vida, baseando-se em cima dessa interpretação e reforço que a sabedoria é câncer da humanidade. Um câncer, pois não há cura, em vão tentam nos entreter com pão e circo, mas cada vez mais, cada ano mais nos vemos em um mundo liquido* onde não nos solidificaremos.
 Posto o câncer da sabedoria, não me resta pensar em algo a não ser que fomos um beta test ou criados pelo acaso, pelas condições e fatores ao longo desses milhares de anos. Ao longo de infinitos planetas e infinitas galáxias nós nos tornamos isso e não seremos mais do que somos: câncer de um planeta mal sucedido, ou simplesmente um adjetivo.



* Ato ou efeito de recalcar, de dominar, de concentrar, de reprimir aspirações, desejos, instintos.

* Líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo. No atual estágio “líquido” da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem. A temperatura elevada — ou seja, o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar a circulação de mercadorias rentáveis — não dá ao fluxo uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida. (Conceito do sociólogo Zygmunt Bauman)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Loucamente racional

           Lá estava eu, deitado sobre o sofá, com um copo de café e um bom livro de poesias. Um pouco antes de começar meu delírio, lembro que o livro disse pra mim:
     " - Eu sinto muito."
    Com o tempo, nessa pequena sala do sanatório, percebi que ele não estava se desculpando. percebi que ele não estava se desculpando. E percebi que eu gostaria de saber, muito mais do que eu sei sobre as pessoas desse mundo, e seus corações frios, copos cheios como assim como vejo nas novelas, na televisão dessa pequena sala do sanatório.  Aaaah seres humanos...sempre enchendo o coração com coisa errada, sempre procurando a solução noutro problema, sempre planejam a vida, mas se não sair como eles esperam, eles se sentem tão tristes. Será que eles nunca ouviram que:
     " - quanto mais se planeja,  menos as coisas saem do jeito que planejaram. "
       Até eu, nessa pequena sala, percebo que o mundo está em falta de sentimentos, e queria eu, ser o autor desta ação, que tocaria o coração dessas pessoas. Mas quem me ouvirá? Quem acreditará, num louco como eu? Talvez Platão esteja certo, o amor é uma doença mental, e eu sou racionalmente louco. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Asas quebradas

Habitada no âmago do pulsante
Que não se fez além de figurante
Há alguém que foi protagonista
E trocou-se à bravo antagonista

Está lá, 
Não se vê mas se sente
Estava lá,
Mas seguiu em frente.

Foi o que tinha que se ser, seria de ser o que mais? E se fosse algo mais, a resposta é que não apenas seria

Experiência de um já falecido




O legal da vida 
É ela não ser perfeita 
Já pensou em não planejar 
Ela por inteira?

Aprenda a viver
Aprenda a sorrir
Aprenda a amar 
Pois quando vivia, eu aprendi!

É tão legal se surpreender
Achar quem nos faça sorrir
Tente não se prender 
A solidão pode te ferir

Busque conhecimento 
Procure ser feliz 
E não caia no esquecimento 
De um coração 
            [ que já te quis.