sábado, 30 de março de 2013

Aqui se faz, aqui se paga (ou não)

Segundo Isaac Newton toda ação tem uma reação,
Para tuas atitudes, tuas consequências,
E o Homem, claro, tem suas advertências.

A vingança vem do mar,
Logo onde era apenas terra, só se vê pessoas á flutuar.

A revanche vem do vento,
Fazendo da tua vida um pequeno aposento.

A revolta é da terra,
Ela desequilibra, fazendo da nossa vida uma guerra.

A pior rebelião? Do amor,
Todo aquele afeto não existe mais,
O que era, não tem mais fervor
E os sentimentos que tu primais,
Já são desiguais, agora são apenas um "jamais".

sábado, 23 de março de 2013

O Chuveiro

Tem momentos que eu não sei o que fazer,
Então ligo ele e espero a água descer,
Ela bate no rosto e me aparenta ser sabedoria,
Mas como eu faço parte da minoria, dela não me alimento.

Me espanto, pasmo fico com cada ideia que ali surge,
Com a realidade totalmente diferente que eu mesmo poderia fazer
Mas estou ali, apenas pensando em planos que não saem dos papeis,
E depois, nesses momentos de euforia, eu mudo meu jeito de ser.

Logo é de se esperar que a água pare e junto com ela meus pensamentos,
O ralo se alimenta não só d'água como também da minha mente,
Mente que por instantes ficara em completa inteligência.

Conclui que se é no banho que a gente pensa,
Vamos todos colocarmos um chuveiro móvel em nossas cabeças,
E ser feliz com a sabedoria a todo instante (não se esqueça de uma toalha, claro).

segunda-feira, 18 de março de 2013

Bon Voyage

O guria, vamos fingir por mais um dia
Que o que tu sente eu não sabia
E assim comigo tu fazia,
Até a noite virar dia...

Eu não me importo em procurar,
O amor que em ti está a aflorar,
Para uma guerra eu travar,
Para o teu coração eu amar.

Mas se por ventura eu não souber,
Fazer isso acontecer,
Tu não poderá dizer,
Que um dia não me fez sofrer.

E assim como as correntezas,
O que era certo, é incerteza.
E assim como uma embarcação sem capitão,
Eu fico a mercê de sentimentos do coração

Que me levam mais longe de onde eu sonhava chegar,
Só me resta uma coisa a tentar,
A âncora nesta ilha afundar, e por aqui parar.
Por mais uma vez, do zero começar. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

A cracia morta (Uma revolta estagnada)

Milhões e milhões roubados
A galera do poder não precisa se esconder,
O pior problema não é eles roubarem,
É você aceitar ser roubado.

A democracia é o poder de escolher,
Mas dentre as opções só a escolha errada,
Então como escolher?
A unica diferença é que uns você sabe que roubam outros ainda vão ser descobertos.

A casa caiu! Esse foi julgado e condenado!
Sentenciado a oitenta e quatro anos de reclusão,
Onde o máximo é vinte,
Onde a boa conduta reduz pela metade,
Onde se há habeas corpus...

Passados três anos, o miserável que lhe roubara os milhões do início
Hoje volta pro vicio.
Não a momento mais exato que o agora, para se mudar a história,
Revolucionem-se e só assim terão a merecida glória.

terça-feira, 12 de março de 2013

O livro esquecido de Jones

Davy Jones, ao longo de sua jornada levara um livro cujo anotava o que lhe vinha na cabeça, o livro foi encontrado e o que era de se esperar, em péssimo estado. Mas mesmo assim, ainda deu pra transcrever boas partes, aqui estão:

"Tu te tornas eternamente escravo daquilo que sente por alguém."

"[...] E eu aqui, não sei se caio de uma vez ou me levanto, meio termos me definindo desde meu nascimento."

"Talvez a vida não perceba que você a quer assim, talvez seja o contrário."

"Mergulha-te em um mundo onde você seja feliz e de lá, não se emerja jamais."

"Vejo pessoas tão vazias que meu olhar as atravessa como a luz."

E um pequeno poema também estivera escrito, mas com sua metade rasgada:

"Vejo uma morte lenta e agonizante,
Ao longo da caminhada na minha terra cujo ironicamente é o mar
Eu realmente pude ver o significado de se amar o que faz,
E é com orgulho que digo:
Morri fazendo assim da minha vida uma inspiração para quem quiser acreditar..."

sábado, 9 de março de 2013

Um trechinho que foi/é/será sua vida

Muito prazer, sou o cara que você devia se apaixonar
Mas fazer o que se tu continua a errar,
Logo penso que tu gosta de se maltratar,
Que tu custa á não enxergar o meu amor, que por sinal é incondicional.

O teu pequeno erro é indelicado,
É amar alguém condicionalmente.
E como tudo condicional uma hora quebra e se apaga,
Mas vai entender o que se passa nesse teu buraco negro cujo chamas de coração.

Sabes o que é mais difícil mesmo, é ver você errar, tentar ajudar e se negar a aceitar.

segunda-feira, 4 de março de 2013

O Menino/Sonho

O pequeno hoje é grande
A brincadeira de antes hoje são contas que enriquecem o teu país
Os amigos agora são o dinheiro e a ganância, que por sinal andam de mão dadas
Juras de mindinhos hoje são concretizadas em anéis, (anéis? Mas o amor cabe em anéis?)

O tempo já se foi e o que foi já não é mais, e nem voltara a ser,
Mas mesmo com todo esse tempo perdido você ainda é uma criança,
Que de peão, bolas de gudes e pendurar em arvores passou a brincar com
Pessoas e sentimentos.

Horrível, mas quem poderá julgar alguém cujo os atos são os mesmos que o próprio?

Mas há por um momento
Se pensar no teu lamento,
Um dia de alegria, feito será,
Simples de ressuscitar o que nunca morreu.

Mas olha só, a criança que habita em ti ainda não faleceu.

E qual o propósito de acordar o que anda hibernando?
A decisão fica a tua escolha,
Reerguer uma vida com complexidade na alegria
E fazer fluir momentos únicos no teu coração.

Ou, navegar no velho mar, sem remar, com a maré a te levar
Mais longe o possível da ilha em que a pequena pessoa queria chegar,
Uma ilhota que na verdade, cabia somente uma criança/adulta,
E que havia somente um sonho/realizado.