terça-feira, 24 de janeiro de 2017

lembra

lembra dos momentos vividos
do passado, dos poucos amigos
lembra das grandes conquistas
das derrotas e quedas na pista

lembra dos abraços apertados
de antigos amores e namorados
lembra das dores causadas
sem intenção pelas pessoas amadas

lembra das histórias engraçadas
vividas num breve conto de fadas
lembra dos gritos ignorados
por aqueles surdos mal amados

lembra que viver é exatamente
o que vem na mente,
quando e fatalmente
a lagrima atinge o inconsciente.

domingo, 22 de janeiro de 2017

pés que não nadam

em cada canto
um encanto
a sereia e seu canto

em barcos cujos
marujos
navegam minguado sujos

há nos mares
marés de amor
em ondas que acabam aos pés

ao compasso da cena
que a criatura encena
o criador acena

ao espetáculo breve
de almas leves
que estão em greves

a cortina se fecha
sem luz pelas brechas
viveremos em flechas

de arcos dominados
por denominados
homens deturpados

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Oceano

Existir não basta,
Tem que viver de forma intensa
E pensar não é nada,
Se não for como o outro pensa.

Felicidade:
Existe só se for fotografada
E o amor é só mais uma
De muitas conversas fiadas.

O que ta em falta é se sentir meio perdido
Suor escorrendo e suspiros ao pé do ouvido
É ser Bonnie e Clyde de um pais subdesenvolvido
É ter um sorriso de devassa com um olhar agradecido

É a indignação de só molhar o pé
No rio que é cada ser humano
É a postura e a boa fé
De ser bifurcação e ao final ser oceano.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Maracatu de Europeu

Temporária é toda dor
Que cessa em menor contato a alegria
Como se o afago ali presente
Fosse inteira companhia

Fugaz ao mundo pois sensivel és
Efêmera de corpo e alma
Adubando sentimentos bons
Prosperando na malícia da calma.

Somos a nossa própria batalha
Desatando nós, dentro de nós
E procurando a verdade
Para antes de nós, sermos a sós.

Temporário, efêmero e momentâneo
Onde tudo se esvai por entre os dedos
Moderno, atual e contemporâneo
Onde nada se efetiva por frágeis medos

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A beira de Vaz

Eu sonhava acordado e tinha que pagar pra isso
Eles chamavam de capitalismo.
Mercenários comandavam o fluxo de falácias
E os rebeldes ostentavam a glória do motim
Intrépidos, como quem entrega panfletos no calçadão
E de antemão já espera-se ouvir o não
Deram-se as mãos e chegaram a uma concepção final:
Se por hora pagava-se pra viver e até morrer
Quem pusera preço em nossas vidas?

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Pirulitos

Quando as pupilas dilatam
E se enxerga o invisível
Dos lábios saem o que o inconsciente guardou
E você se descobre mais uma vez
E renasce, reinventa, recria:
O mundo ao redor na mais bela utopia.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

TRÊScendencia

Dizem que não é possível viajar no tempo
E eu bato o pé, digo que posso!
Ora, se não pudesse mesmo
Como estaria meu corpo no presente
Minha mente no futuro
E meu coração no passado?
Deixem de besteira
E no tempo mergulhem
Sentir é viver
E é preciso enquanto vivo ser
Fazer o todo verbo valer.