quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ventania

Eu sou insuportavelmente um mistério
Pós debate filosofico uma pausa cafeínada
Acordes com nona e sétima menor
Acalmam-me para uma nova jornada

O tormento matinal e seu estático cinza:
Um ponto no ponto do ponto que é o universo
Sou eu!
Aqui escrevendo esse verso

Sou de quem é mais meu do que meu eu abstrato
Sou toda a história mal contada
Sou um porta retrato

Sem fotos
Sem lembranças
Sem momentos
Sem saudades

Afinal, a vida é de quem se presta a olhar pro céu
E tropeçar, para entender que sem o inesperado
A vida perde todo o barato.

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