terça-feira, 13 de outubro de 2020

a lua me chama

 na curva do infinito
a sombra do universo
me traz a mansidão
de quem quer no riso mudo
alcançar as estrelas
sem tirar o pé do chão.

eu me recuso
a ser a resposta dada por educação
eu quero mais, quero
ser a valsa da menina que termina a noite mulher,
ser  o frio na barriga em dia de grinalda,
ser a paz que transcende o abraço deitado.

e no caminho de volta
em uma dessas curvas do infinito
eu quero capotar o meu eu lírico
e ser parte da sombra do universo.

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