Quisera eu não ser só vontade
Em um mundo onde se sacia
Toda a libido em uma só orgia
E se abdica toda a verdade
Pudera eu ser uma entidade
Na qual o povo todo acredita
Seguindo a velha ditadura escrita
Que se derroca em cada divindade
Quisera eu ser dono de mim mesmo
Matar adentro de forma eficaz
Tudo aquilo que não me traz paz
E florescer um novo romantismo
Pudera eu ir bem mais além
Romper os laços e falsos sorrisos
E num pequeno gesto de improviso
Ver a mim dos olhos de outrem.
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