"Ela não é dessas garotas que trocam um bom livro por um noitada com as amigas; nem das que ligam muito para compras, shopping, ou jóias; muito menos das que se oferece ou sai com qualquer cara da escola. Ela é diferente. É do tipo que se importava com qualquer coisa e se preocupava facilmente. Tinha um charme intrigante, eu poderia observa-lá por horas tentando descobrir o que chamava atenção, mas não conseguia distinguir em meio a tamanha beleza. Assim como eu, ela tinha cara de quem curtia um bom e velho rock nacional, tipo Charlie Brown jr. Era encantadora, contagiava tudo por onde passasse e deixava qualquer cara de queixo caído. E quando ela sorria? Parecia que o mundo inteiro se iluminava. O que me impressionava, era seu excesso de segurança e auto-estima. Ela se sentia confiante, determinada, e tinha quem quisesse e quem á queria não á tinha. Ela era incrível. E eu? eu era apenas o cara otário que madrugava aos sábados, enchendo a cara, sem nexo, não ligava pra ninguém, só queria sair pra curtição e sem responsabilidades no dia seguinte; era o problemático, que pensa além das coisas, além da vida, e que tem uns assuntos complicados; que pouco se importa pra opinião alheia, que era não tinha controle quando o assunto era gastar dinheiro com roupa e que vivia por viver. E por algum motivo, ela se aproximou de mim. Não entendia porque diabos ela viu num cara como eu; porque se interessou ou sei lá, mas eu me sentia bem quando estava com ela. E com o passar do tempo, o que era rotina passou a ser necessidade, o esperado aconteceu, eu não sabia o que era viver sem ela, e ela não sabia viver sem mim. E reencontra-la me deu motivos para te confirmar, meu amigo, os apostos realmente se atraem e eu a quero mais do que nunca"